01 fevereiro 2011

Mensagem da Semana: Vivendo na pratica, o novo homem. Lc 15:11-32

Introdução
Você pode fazer teologia de cima para baixo e de baixo para cima.
Caso escolha fazer de cima para baixo, terá a companhia de todos os filósofos,especialmente os gregos, que se fixaram numa idéia de perfeição de Deus, e deram toda ênfase aos atributos incomunicáveis de Deus: onipotência, onisciência e onipresença, Todos os que olham para Deus através desse paradigma imaginam que Deus num alto e sublime trono (Isaías 6.1), habitando em luz inacessível e, invocado mediante a oração da fé, vem ao mundo fazer coisas boas (milagres) para seus filhos. Não há nada de errado nesta descrição de Deus.
Mas você também pode fazer teologia de baixo para cima. Nesse caso, você deverá deixar de lado aquilo que Deus é em termos de sua perfeita natureza eterna, e focar sua atenção na maneira como Deus escolheu se revelar e se relacionar com as pessoas na história. Seus olhos devem deixar de lado a visão ideal e abstrata da filosofia, e se voltar para Jesus Cristo, suas ações e palavras, que revelam o Pai (João 10.30; 14.9).
A Bíblia ensina que Jesus é Deus esvaziado, Deus em forma humana, em forma de servo (Filipenses 2.5-8). Jesus é Deus conosco, isto é, Deus se revela e se relaciona conosco em Jesus. Em Jesus, Deus está esvaziado, pois sua onipotência foi limitada pela fé dos que a ele se achegavam, sua onisciência foi limitada pelo Pai (Mateus24.36), e sua onipresença foi limitada pela própria encarnação. Deus é o mesmo, tanto no alto e sublime trono como encarnado na pessoa de Jesus, mas a maneira como se relaciona no céu é diferente da maneira como se relaciona na terra. No céu Ele faz tudo quanto lhe agrada e reina soberano. Na terra Ele age em e com as pessoas que atendem seu convite para a comunhão em seu Filho. Isso fica mais claro quando compreendemos os critérios segundo os quais Deus escolheu se relacionar com seus filhos, conforme Jesus ensina na “parábola dos filhos perdidos”.

1 critério – Liberdade
Voce como nova criatura pode adotar o criterio da liberdade pra fazer todas as coisas e foi o que o filho mais novo fez, ele pede a sua parte da herança e vai embora da casa do pai. Naquela época e cultura, o pedido equivaleria a dizer mais ou menos o seguinte: “Pai, tudo o que quero é que o senhor morra. Tudo o que me interessa é seu talão de cheques”. O impressionante é que o pai não faz oposição a esse desejo do filho. O critério é a  liberdade: “Você quer ir, meu filho, eu lamento, mas não vou amarrar você ao meu lado, não vou obrigar você a conviver comigo contra a sua vontade. Siga seu caminho”.
O Deus esvaziado não mantém relacionamento à força, mediante
manifestação do seu poder e imposição de sua autoridade soberana. O Deus esvaziado dá um passo atrás, para que você possa exercer sua liberdade de existir com Ele ou contra Ele, como nova criatura ou como velha criatura é voce que escolhe o que quer viver, porem temos conseqüência (vs 14 ).....Este filho confundiu a liberdade que o pai lhe deu com a libertinagem (pessoa que não se prende a valores sociais e morais), que o mundo estava oferecendo.



2 critério que Deus usa é – Intimação
O filho mais velho se recusa a participar da festa que o pai promove
para se alegrar com o retorno do filho que estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. O pai vai ao encontro do filho mais velho e o enquadra, o confronta e o coloca diante da necessidade de uma decisão.( é o que Deus que fazer com voce nesta noite...) Mas repara que Deus não decide por ele, nem o obriga a se submeter à sua vontade. O pai não exige obediência dizendo “Enquanto você estiver na minha casa fará as coisas do meu jeito”. O pai confronta o filho e espera tocar sua consciência, para que, semelhantemente ao filho mais novo, ele também “caia em si”, e experimente uma transformação de dentro para fora, de modo que sua submissão à vontade do pai seja um ato voluntário e consciente de ser a melhor escolha. Infelizmente é neste ponto do agir de Deus que muitas pessoas  confundem a ação de Deus achando que Deus é um bonachão que fica sentado no trono fazendo tudo o que voce quer e da forma que voce quer,ou então que voce faz tudo o que desagrada a Deus, peca, é infiel, não se santifica e que Deus não esta vendo..., mas não é assim  que funciona porque tudo o que fazemos e escolhemos ou deixamos de escolher terá uma conseqüência em nossa vida....e Deus esta a par de tudo....

Considerações finais
Deus não é um solucionador de problemas. É um solucionador de pessoas. Deus não prometeu fazer nossa vida melhor. Prometeu nos fazer homens e mulheres melhores: semelhantes ao seu Filho Jesus. (Romanos 8.28-30 )
Quem espera uma vida melhor como resultado da intervenção do Deus onipotente, onipresente e onisciente, acaba se frustrando e caindo em culpa e incredulidade. Quem espera ser uma pessoa melhor e andar em comunhão com Deus, numa relação de amor, liberdade e fidelidade, respondendo ao chamado  do Pai estará desfrutando da sua presença e será capaz de enfrentar a vida, qualquer que seja ela, porque sabe que com Deus nunca perdemos........

Pr. Guilherme Moro

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